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Há 65 anos atrás…

Vinte e cinco de fevereiro de mil novecentos e quarenta e três, Liverpool, Inglaterra. O casal Louise e Harold Harrison é abençoado com um filho, que ganhou o nome de George.

George Harrison faria 65 anos anteontem. Há um tempo atrás, em outro blog, eu publiquei um texto que escrevi em homenagem a ele. Vou publicá-lo novamente aqui, para que fique registrada minha lembrança da data do aniversário de um dos caras que fez diferença na minha vida.

Sobre a genialidade de George Harrison.

Um gênio é uma pessoa que nasce com um talento natural para realizar determinada tarefa. Um gênio é um ser extremamente criativo e original. Musicalmente falando, genial é aquele que consegue traduzir seus sentimentos em música, porém trazendo novas abordagens e idéias que acabam inspirando todas as obras posteriores.

George Harrison foi um gênio da música.
Certamente o mais tímido Beatle, George provou que não era apenas um guitarrista ao escrever canções como “Here Comes the Sun”, “If I Needed Someone”, “Taxman”, “While My Guitar Gently Weeps”, dentre várias outras. Apesar disso, ele era sim um exímio guitarrista. O solo de guitarra em “Something”, outra de suas composições, é uma das coisas mais emocionantes que alguém já conseguiu tocar numa guitarra (mas esta música demonstra que George não era o único gênio da banda). Aliás, esta música foi considerada por Frank Sinatra como a mais bela canção de amor de todos os tempos!

George também lançou diversos discos em sua carreira solo, iniciada quando, em 10 de abril de 1970, os Beatles anunciaram que o sonho estava chegando ao fim. Em novembro do mesmo ano, George lançou o aclamado (e maravilhoso) “All Things Must Pass”, cuja audição é obrigatória para os fãs da boa música.

Portanto, na próxima vez em que você ouvir alguma música dos Beatles ou da carreira solo de George Harrison, ouça com reverência, pois é parte da obra de um gênio.

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Sou do mundo, sou Minas Gerais.

Eu costumo dizer que sou quase mineiro. Nenhum motivo especial, exceto o gosto por queijos e o fato de eu ter nascido “pertim” da divisa de São Paulo com Minas Gerais, mais precisamente em Vargem Grande do Sul. Mas às vezes eu gostaria de ter nascido mineiro mesmo. Porque sempre que estou em Minas, encontro pessoas com uma musicalidade inexplicável e verdadeira. É algo que não se ensina, não se aprende e não se esquece. Faz parte da alma.

Este texto tem o único propósito de agradecer aos meus amigos da família Fiorini – Donda, Celso, James e Ricardo – por tudo o que aprendi direta ou indiretamente com eles. São exemplos da musicalidade que me encanta.

Conheci o James em Vargem mesmo, há alguns anos. De cara, a paixão pelos Beatles e pela música foi suficiente pra que nos tornássemos grandes amigos. E conheci o resto da família quando fui pela primeira vez à Alfenas. Nunca vou me esquecer de quando ouvi o Donda tocando e cantando “If I Fell” dos Beatles. Donda sabe tudo.

De lá pra cá, já tocamos juntos várias vezes – eu, James e Ricardo – e sempre foi muito bom e, principalmente, divertido. Acredito que nunca chegamos a ensaiar juntos, mas não foi preciso.

Infelizmente, não nos reunimos muitas vezes no ano. Normalmente, duas ou três vezes. Mas é o suficiente pra renovar a inspiração e continuar buscando a verdadeira música.
Pôr-do-sol em Paraguaçu, MG (foto: James Fiorini)
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O grande culpado.

Estou aqui hoje para fazer justiça. Vivo falando dos meus ídolos, dos caras que me influenciaram e influenciam. Mas esqueci de falar do maior culpado de todos. Do cara que me mostrou o que era música. Quem eram os Beatles. Quem eram John, George, Paul e Ringo. E quem era a “Michelle, ma belle”.

Estou falando do meu pai.

Ele foi guitarrista de uma banda chamada “The Batmen”, nos anos 60. Faziam versões de sucessos da Jovem Guarda. Depois disso, ele ficou muito tempo sem tocar. Casou-se com a minha mãe. Mudaram-se pra São Paulo. Fizeram minhas irmãs. Fizeram a mim. Voltaram pro interior. E só depois disso, meu pai voltou a tocar. Muitos anos mais tarde.

Eu devia ter uns três ou quatro anos, e na nossa casa tinha um quarto que era usado basicamente pra ouvir música, ler e estudar. Meu pai vivia ouvindo e cantarolando Beatles. Lembro de acordar um dia, entrar no “quarto do pânico” e dar de cara com ele tocando “Day Tripper”. E aí eu ficava lá, olhando e achando o máximo. “Pai, faz avião!”. E ele passava a palheta por toda a extensão da corda da guitarra, imitando o som de um avião. E eu caía na gargalhada. Adorava aquilo.

Acho que o primeiro disco que ouvi na vida foi o “1962-1966 (The Red Album)”. Mal sabia eu que, muitos anos mais tarde, isso faria tanta diferença. Tornei-me um Beatlemaníaco. Pior que meu pai.

Desde que comecei a tocar, ele sempre me deu todo o apoio. Comprou a minha primeira guitarra. E a segunda. E a terceira. A minha própria Fender Stratocaster! Culpa do David Gilmour, como eu já disse. No fundo, acho que ele sempre soube que a música era a minha grande paixão.

Obrigado, pai, por ter me apresentado à música, aos Beatles e à guitarra. Sem eles, eu não seria nada.
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(Da esquerda para a direita: Carlinhos Gadiani, Paulinho Bernardelli, Vanderlei Ribeiro, Sauro Corsi e Carlinhos Filipini).

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